sexta-feira, 3 de abril de 2009

Observações sobre a América Latina e Evoluções da Área de TI

Tendo trabalhado na América Latina por muitos anos na indústria de TI, posso dizer que muita coisa mudou. Desde os primeiros dias do IBM compatível, passando pelo Local Area Network (LAN) rodando Novell Netware, até a arquitetura Terminal/Servidor, mainframes, databases e agora, mais recentemente, o Cloud Computing. Sem dúvida, ocorreram muitas mudanças.

Ao mesmo tempo, que a América Latina possui uma imensa base instalada de usuários conectados com banda larga, milhões de clientes de celulares e, principalmente, use o que há de mais recente em tecnologia, a região ainda pedala quanto à Segurança. Essa falta de consciência e de cultura que se traduz em desvantagem, tem historicamente afetado ou freado o progresso da região.


Mesmo em ritmo de crescimento da pirataria de softwares (que continua sendo um fenômeno popular ainda hoje), os fabricantes de softwares para PC ainda não detém de meios eficientes para impedir a ação dos contraventores que atuam no gray market.


Na América Latina além das batidas policiais e processos legais, sempre foi de grande interesse a curto prazo - em prol da economia e do progresso operacional - que as soluções de TI fossem trazidas para auxiliar nos desafios competitivos e na produtividade na região.


O que mudou significativamente nos últimos anos foi a relevância e a predominância do computador conectado e do usuário de rede. Provavelmente, essa é a mais importante evolução no uso de soluções de TI na América Latina e no mundo nos últimos dez anos.


Na prática, isso quer dizer que o usuário, de praticamente qualquer nível organizacional, está muito mais produtivo quando está conectado à rede e capaz de interagir rotineiramente com os colegas de trabalho e com informações críticas que movem o comércio, a política, a educação e tantas outras áreas.


Sem sua conexão de rede, seu email, seu browser e suas informações online, como você poderia ser produtivo e ter todo o seu trabalho realizado? Principalmente, quando empresas e indivíduos confiam no trabalho remoto ou estão conectados via “cloud” para realizar suas tarefas.


Mas ao mesmo tempo em que o fenômeno da internet e o usuário de computador conectado são um fantástico avanço para nós, eles também representam uma série de riscos e requerem que empresas e indivíduos mudem seus hábitos, eduquem-se sobre riscos de segurança e tomem as precauções necessárias para proteger a eles mesmos e às empresas onde trabalham.


Essa é uma área a qual a América Latina parece entender, mas prefere ir devagar quando se refere a educar-se e dar os passos necessários para proteger sua rede e informações críticas.


Isso é uma crítica para toda a América Latina? Claro que não! Essa é uma acusação a todos os usuários da região? Certamente que não! Mas numa visão macro, esse mercado na América Latina, que eu conheço tão bem, tem uma urgente necessidade por mais educação e orientação sobre os porquês da necessidade de soluções de segurança – não apenas para ataques por vírus ou spyware, as ameaças mais comuns – mas também para os mais perniciosos e potencialmente perigosos efeitos da ação de pessoas (dentro da empresa).

Por meio de ataques internos, pessoas podem roubar dados sigilosos de negociações, concorrentes podem se infiltrar no banco de dados da companhia, funcionários podem bloquear o sistema ao consumir muita banda com chats, downloads de vídeos ou outro uso não autorizado da rede da empresa, entre outros.


É fundamental explicar claramente: em pesos ou em reais ou em dólares, existe prejuízo financeiro quando uma rede está offline, seja qual for o período sem conexão, ou quando informações importantes são perdidas e dados críticos estão irrecuperáveis. Em situações as quais trabalhadores remotos (vendedores, inspetores, auditores, etc.) ficam impossibilitados de conectarem-se com segurança para inserir os resultados, fazer o download de informações críticas ou o upload de relatórios, é certo o custo operacional para as empresas.

Num artigo recente “Make Your Business Safe and Secure” publicado nos Estados Unidos por Amy S. Choi, perdas/danificações dos dados custam cerca de US$300 mil por ano às companhias. Essa cifra é algo que as organizações da América Latina podem se dar ao luxo de ignorar?

A conclusão é que essas evoluções na área de TI continuam a avançar – mesmo que lentamente - na América Latina e são responsáveis pela proteção de redes e de organizações, mantendo o ambiente operacional ininterrupto e com fluidez para a produtividade do dia-a-dia.

A velocidade dos desafios de segurança e dos ataques maliciosos, assim como os círculos viciosos da economia e a política que todos vamos confrontar de 2009 em diante, é algo que torna vital o item segurança. É preciso que as soluções de segurança estejam no topo da lista de prioridades.

É o que acontece quando você anda de bicicleta ou moto e coloca o capacete antes de sair pedalando ou acelerando, não depois de sofrer um acidente. É disso que tratam as soluções em segurança: prevenir problemas e certificar que sua rede e informações estão protegidas sempre, o tempo todo, em antecipação aos problemas e aos prejuízos.

Como você enxerga a sua empresa lidando com essas questões? Sua empresa protege seu capital intelectual com vigor? Seus usuários e sistemas estão protegidos o tempo todo? A equipe de TI protege sua companhia de ameaças internas da mesma forma que de externas? Você acha que a América Latina está à frente ou atrás da curva quando se trata de segurança de rede?

Adoraria conhecer suas respostas!

Daniel A. Cabrera, é gerente de Marketing da SonicWALL para América Latina

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